Propagação vegetativa de mudas de Manihot pseudoglaziovii com diferentes diâmetros de estacas

Autores

  • José Henrique Souza Costa
  • Iara Tamires Rodrigues Cavalcante
  • Geovergue Rodrigues de Medeiros
  • Neila Lidiany Ribeiro
  • Severino Guilherme Caetano Gonçalves dos Santos
  • George Vieira do Nascimento
  • Pedro Henrique Ferreira da Silva
  • Romildo da Silva Neves
  • Chrislanne Barreira de Macêdo Carvalho

Palavras-chave:

maniçoba, estaquia, forrageira, morfometria vegetal

Resumo

A propagação de clones por material vegetativo de espécies arbórea e amplamente utilizada devido o menor tempo requerido para formação da matriz com porte desejável e, também, a dificuldade de obterem-se sementes de alguma espécie arbórea. O objetivo com essa pesquisa é de observar a influência dos diâmetros das estacas sobre a propagação vegetativa da maniçoba em casa de vegetação em diferentes dias de crescimento. O delineamento foi inteiramente casualizado com um fatorial 4x5, sendo quatro diâmetros de estacas plantadas (1,5, 2,0, 2,5 e 3,0 cm) e cinco idades (30, 60, 90, 120 e 150 dias).  Foram realizadas avaliações morfométricas de altura, largura e diâmetro dos brotos e números de folhas. O índice de pegamento foi maior para os brotos produzidos com estacas de 3,0 cm (36,67% aos 30 dias e 100% aos 60 dias), enquanto que a menor taxa de pegamento foi observado com estacas de 1,5 cm, provavelmente associado ao menor conteúdo de reserva que a estaca possui. O número de folhas foi influenciado significativamente (p = 0,007) pelo diâmetro das estacas. As variáveis morfométricas altura (p < 0,0001), largura (p < 0,0001), diâmetro (p = 0,003) e número de folhas (p < 0,0001) foram influenciadas significativamente pela idade. Não foi observado efeito de interação (p > 0,05) para as variáveis morfométricas avaliadas. As estacas de até 3,0 cm de espessura usadas para propagação vegetativa da maniçoba proporcionam mudas com características morfológicas semelhantes.

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Publicado

2022-10-22